A reforma tributária é um tema que vem sendo discutido por muito tempo. Ou seja, são mudanças na legislação tributária com objetivo de melhorar o desenvolvimento econômico brasileiro. Muitas propostas surgem, mas com diferentes objetivos e sem indícios de que alguma delas acontecerá realmente. Mas, segundo uma das afirmações do ministro da Economia, Paulo Guedes, em final de novembro deste ano, a reforma tributária vai acontecer e já existe uma proposta do Governo no Congresso.
Na oportunidade, ele reconheceu que diversos setores da economia foram contra a aprovação da reforma, e destacou que os empresários não agiram com inteligência ao não apoiarem a reforma tributária. “Pela primeira vez íamos tributar dividendos, eliminar juros sobre capital próprio, mas o lobby é forte. Acho que não foi ato inteligente do mundo empresarial não apoiar a reforma”, disse o ministro.
Após uma pergunta do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, sobre a atuação da Receita Federal, Guedes fez a seguinte afirmação: “um finge que tributa e outro finge que paga”.
“Eu estou conhecendo o povo da Receita, eles são fiéis servidores. O erro é de formulação, eles estão na função deles de arrecadar, e o setor privado vai e inventa outra jabuticaba”, respondeu Guedes. “Acha que está tributando os bancos em 44%, só que quando vê no fim do ano o lucro e o imposto, eles pagam 10,7%”, afirmou.
O caminho da reforma tributária
A seguir, confira algumas das declarações do ministro da Economia em uma videoconferência promovida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde ele fala sobre a reforma tributária.
“A renda dos mais ricos, não interessa se vem de salário, de aluguel, de bônus bilionários ou se vem de dividendos. Ela deveria cair no progressivo e ponto final. Nós temos tecnologia para fazer tudo direito, mas você sabe que tudo é mais difícil no mundo real, tem lobby, tem pressão”, afirmou Guedes.
Segundo uma de suas manifestações no evento virtual da FGV, o ideal seria que todos os tipos de renda, até ganhos com dividendos, pagassem as mesmas alíquotas do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), que atualmente vão de 7,5% a 27,5%. Porém, Guedes destacou que esse modelo poderá ser adotado no futuro, mas que não pode ser implementado neste momento.
Fonte: Jornal Contábil