O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto percentual, de 10,75% ao ano para 10,5% ao ano. Esta é a sétima queda consecutiva.
A decisão de cortar 0,25 ponto percentual da taxa não foi unânime entre os nove membros do comitê. Votaram por uma redução desse tamanho o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Votaram por uma redução de 0,5 p.p. os diretores Ailton de Aquino Santos, Gabriel Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, que foram indicados para o BC pelo governo Lula em 2023.
O Copom não chegou a analisar eventuais efeitos das chuvas no RS na inflação. No comunicado, o comitê citou como riscos de alta para o cenário inflacionário as pressões globais nos preços e a inflação no setor de serviços.
Os membros do comitê concordam que o cenário global é incerto. Em comunicado, o Copom diz que o ambiente externo está mais adverso com a incerteza elevada e persistente no início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos. Também consideram a velocidade com que da queda da inflação de forma sustentada em diversos países.
No Brasil, o grupo avalia que existe uma resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela. A postura é de manutenção da política contracionista até que haja desinflação e ancoragem das expectativas.
Na última reunião, realizada em março, o Copom já havia sinalizado que deveria reduzir a Selic em 0,5 p.p. neste mês. No entanto, a diminuição do ritmo de queda para 0,25 p.p. já era esperada pelo mercado, pelo cenário externo mais delicado e a preocupação com as contas públicas.