A possibilidade atingir a meta de déficit zero no ano que vem pode ser propiciada pela melhora da economia brasileira, conforme comentou recentemente o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. De acordo com ele, o executivo projeta que o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que influencia as receitas do governo, ficará negativo em 3% neste ano, revertendo para alta de 4% em 2024, devendo gerar ganhos de arrecadação.
Segundo o secretário, uma mudança na composição do PIB (Produto Interno Bruto) também pode promover sustentação os ganhos. A expectativa do governo é de que o crescimento, puxado por uma força maior em 2023 da agropecuária – que tem peso menor no pagamento de tributos -, tenha em 2024 aceleração em serviços e indústria, aumentando o potencial arrecadatório. “O cenário para arrecadação do ano que vem melhorou, o que significa que é possível que o nível de arrecadação seja maior do que o previsto no orçamento e que, portanto, o atingimento das metas fiscais seja até facilitado”, observou.
Mello afirmou que as projeções de crescimento econômico para 2023 no boletim semanal Focus, do Banco Central, têm se aproximado das projeções da Secretaria de Política Econômica, embora tenha reforçado que o nível de atividade segue sendo impactado negativamente pelos efeitos da política monetária restritiva.
Ele afirmou ainda que o investimento no Brasil ganha novo impulso com patamares de juros de médio e longo prazo mais amigáveis. O secretário manifestou também que os núcleos de inflação tiveram melhoria expressiva de projeção, podendo ficar dentro do intervalo esperado para a meta neste ano.
Fonte: Forbes